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DOI, ISSN e ISBN: absolutamente tudo o que você precisa saber
Identificadores de livros, revistas e periódicos: você os conhece?Para entender como funcionam os identificadores de livros, revistas, artigos e periódicos, basta utilizarmos a seguinte analogia: imagine quantas pessoas com o nome João existem no Brasil e no mundo.
Diante dos inúmeros nomes idênticos existentes na sociedade, temos que utilizar alguns critérios para distinguir duas pessoas com o mesmo nome. Para isso, por exemplo, tem-se o RG, o número do CPF ou do passaporte.
Com livros, materiais digitais e revistas científicas também acontece o mesmo: utilizamos identificadores para distinguir e diferenciar as obras que podem ou não ter o mesmo título. Conheça 3 tipos de identificadores muito utilizados nos meios acadêmico e científico.
ISSN
O ISSN, Internacional Standard Serial Number é utilizado, internacionalmente, para documentos com publicações periódicas, como revistas, jornais, anais de eventos e periódicos científicos.
O documento vai carregar consigo apenas um ISSN. Independente de quantas publicações serão feitas. Não sendo obrigatório para todas as publicações, mas servindo para uma identificação mais eficaz do conteúdo.
Os materiais com ele precisam, obrigatoriamente, ter uma certa frequência, seja ela diária, quinzenal, mensal, semestral ou anual. O identificador é composto por 8 dígitos precedidos pela sigla ISSN.
A solicitação é realizada online, através do site do IBICT, na seção do Centro Brasileiro do ISSN, não sendo exigida a cobrança de nenhuma taxa administrativa.
Como o ISSN é um código único e intransferível não pode ser atribuído a outra publicação, cabendo ao Centro Brasileiro do ISSN a categorização de cada publicação.
Entretanto, se a publicação mudar a periodicidade é necessário comunicar ao órgão competente para que haja a reavaliação da necessidade do documento possuir um novo código ou não.
ISBN
ISBN, Internacional Standard Book Number, é um sistema responsável pela identificação do autor, país, editora e número de edição. O ISBN passou a ter 13 dígitos, pois foi adotado o prefixo 978.
O sistema é controlado pela Agência Internacional do ISBN, no Brasil é coordenado e supervisionado pela Biblioteca Nacional em conjunto com a Fundação Miguel de Cervantes.
Porém, a Biblioteca Nacional não mantém os cadastros, sendo as informações enviadas pelos editores/autores para a Agência Internacional do ISBN.
A solicitação do ISBN é feita através do site da Agência Brasileira do ISBN. Efetivada com o preenchimento de um formulário de solicitação em conjunto com o envio da cópia da folha de rosto da obra a ser publicada. No caso de dúvidas pode ser solicitado o envio das 25 primeiras páginas ou a obra completa.
O tempo para a obtenção do número varia de acordo com a quantidade de publicações a partir do tempo que a Agência recebe a solicitação.
ISSN ou ISBN para os Anais do Evento?
Os anais podem ter registros de ISSN ou ISBN, para tanto é necessário que:
Sejam produções seriadas que tenham continuidade nos anos seguintes (no caso de não serem ISBN).
Tenha uma Comissão Científica que assine a relevância científica da publicação: Comissão organizadora do evento ou Conselho Consultivo.
Anais, seminários, encontros e outros tipos de eventos científicos devem receber ISBN para cada edição do evento. Ter um ISBN significa que a publicação irá aparecer nas bases de dados bibliográficas.
Recentemente a Agência Brasileira de ISBN implantou o sistema online de solicitação. Já o ISSN, por não ser automatizado, é um processo lento e burocrático, os anais deverão ser enviados fisicamente ao Centro Brasileiro do ISSN / IBICT.
Para serem avaliados e posteriormente validados. A grande diferença entre o ISBN o ISSN é que o ISSN é atribuído uma única vez e utilizado em todas as edições, no entanto existem algumas particularidades:
Um código ISSN é intransferível não podendo ser utilizado por outro título que não aquele ao qual foi atribuído.
Quaisquer mudanças no periódico deverão ser informadas ao Centro Brasileiro do ISSN. Que avaliará a necessidade de atribuição de novo código ISSN ao periódico.
Versões em meios físicos diferentes deverão, cada uma, ter seu próprio código ISSN.
Versões em diferentes idiomas de uma mesma publicação online deverão contar com ISSN próprio.
O código ISSN somente será atribuído a publicações online cujo primeiro fascículo já esteja disponível na internet.
Caso a publicação já esteja devidamente publicada e com o ISSN ou o ISBN elas podem ser adicionadas no perfil do autor na Plataforma Lattes.
Desmistificando o DOI:
O DOI, “Identificador de Objeto Digital” é um padrão de letras e números, que serve para a identificação de documentos na internet. Livros, periódicos, artigos e imagens recebem uma espécie de “código” exclusivo. O DOI, facilita a busca e a autenticidade dos conteúdos disponibilizados na forma online.
O DOI é composto por duas partes:
1 – O prefixo refere-se ao publicador do documento.
2 – O sufixo é determinado pelo responsável pela publicação do documento. Os livros ou artigos publicados em periódicos, por exemplo, provavelmente utilizarão como sufixo o número que já consta do ISBN ou ISSN ou dados bibliográficos da obra
Exemplos: Prefixo/Sufixo
10.1046/j.1445-2197.2003.02820.x
10.1246/bcsj.73.1653
10.1002/0471758132
Saiba mais sobre o DOI!
DOIs somente são permitidos para trabalhos DOI originais. Não se faz registro DOI da republicação de um artigo.
O DOI deve ser considerado como parte integrante da informação bibliográfica básica.
O DOI possibilita que um pesquisador busque outros artigos por meio das referências.
Um editor pode fazer a solicitação do prefixo DOI diretamente ao CrossRef. Se tornando um membro do CrossRef, tem-se a obrigação de pagar pela adesão como membro e a anuidade. « Voltar